domingo, junho 26, 2005

BARALHAR E VOLTAR A DAR

Numa altura em que o cinema oriental parece evidenciar-se cada vez mais, disseminando-se por tudo o mundo e conquistando públicos mais alargados, torna-se não só numa reconhecida influência para o trabalho de cineastas, mas é também influenciado por estes.

"Kung-Fu-Zão" (Kung Fu Hustle), a mais recente película de Stephen Chow, é um esgrouviado combinado de acção, humor, suspense e artes marciais, uma dinâmica paródia a códigos e géneros cinematográficos que tanto satiriza as rebuscadas aventuras de kung-fu como envereda também por paralelismos a obras de ficção científica ou westerns.

Chow, que no currículo contava já com a realização do delirante "Shaolin Soccer", volta a apostar num filme carregado de energia cinética, recorrendo a exageradíssimas sequências de combate numa obra cujo visual estilizado oferece alguns momentos efervescentes, evidenciando os impressionantes progressos do digital.

Ecléctico melting pot de referências, "Kung-Fu-Zão" tanto assenta nas sagas de "Kill Bill" ou "Matrix" como nas tradicionais histórias de kung-fu, passando por uma notória aproximação ao dinamismo dos universos cartoon norte-americanos e anime.

O argumento - que segue as peripécias de um jovem indeciso (interpretado pelo próprio Chow) entre a lealdade ao ameaçador Gang do Machado ou a procura de um caminho mais nobre - dá quase sempre prioridade ao desfile de prodígios visuais, e as personagens nunca vão além da caricatura numa história maniqueísta e formatada.
Contudo, os pequenos achados na concepção de certas cenas conseguem compensar (na medida do possível) a evidente linearidade dramática, tornando "Kung-Fu-Zão" num aceitável entretenimento, que a espaços até entusiasma mas que como um todo é bastante desigual (e sobretudo redundante, pois à medida que o filme decorre o efeito surpresa tende a descrescer).

O que fica? Algumas coreografias e efeitos especiais minuciosamente trabalhados, duas ou três cenas divertidas, uma montagem dinâmica e trepidante e um ritmo escorreito. Longe de revolucionário, é certo, mas dentro do cinema assumidamente lúdico e descartável consegue, ainda assim, elevar-se acima de grande parte da concorrência.
E O VEREDICTO É: 2/5 - RAZOÁVEL

9 comentários:

Anónimo disse...

Uma mistura que às vezes chega a ser um pouco rídicula demais, mas nós sabemos como são os japoneses, danados para o invulgar. É razoável. Vê-se!

gonn1000 disse...

Sim, dentro do entretenimento "brainless" já vi bem pior...

Anónimo disse...

Anjos de Charlie :) Blargh!!!

Anónimo disse...

LOL, de facto o "Charlie's Angels" é para esquecer :X!
Quanto a este filme...já li opiniões tão diferentes que cada vez estou mais curioso para ir vê-lo :)!

Cumps. cinéfilos

gonn1000 disse...

membio: Nem mais...

sOlo: Vai mas leva pipocas :)

Anónimo disse...

oi eu gosto mt deste filme
ei malta ke filme e este ?
desculpem la enganei-me seus bois suas vacas
porcas

Anónimo disse...

oi eu gosto mt deste filme
ei malta ke filme e este ?
desculpem la enganei-me seus bois suas vacas
porcas

Anónimo disse...

oi eu gosto mt deste filme
ei malta ke filme e este ?
desculpem la enganei-me seus bois suas vacas
porcas

Anónimo disse...

ola olhe eu moro em cascais e nunca vi uma cooisa assim e uma merda e estupidez