A Timbaland é reconhecido um lugar cimeiro dentro da produção hip-hop e aparentados dos últimos anos, sendo um dos responsáveis pela ascensão de Missy Elliot ou, mais recentemente, pelo acréscimo de popularidade e reconhecimento às carreiras de Nelly Furtado e Justin Timberlake. Entre outros solicitadores dos seus préstimos encontram-se até figuras aparentemente mais distantes dos domínios que habitualmente percorre, como Björk, que o convocou para o recente “Volta”.
“Shock Value”, o seu quinto disco de originais, evidencia que as suas colaborações se têm tornado cada vez mais abrangentes, dada a vasta galeria de convidados do álbum, que inclui presenças mais ou menos previsíveis, por já terem cruzado o seu currículo, e outras algo inesperadas.
Ao longo de quase duas dezenas de canções, Timbaland volta a investir num hip-hop polvilhado de sintetizadores e pelo meio vai testando as águas de outras áreas, e apesar dos seus créditos como produtor hábil não saírem comprometidos desta amálgama os resultados das colaborações são, no mínimo, desiguais, e na maioria das vezes pouco estimulantes.
“Shock Value”, o seu quinto disco de originais, evidencia que as suas colaborações se têm tornado cada vez mais abrangentes, dada a vasta galeria de convidados do álbum, que inclui presenças mais ou menos previsíveis, por já terem cruzado o seu currículo, e outras algo inesperadas.
Ao longo de quase duas dezenas de canções, Timbaland volta a investir num hip-hop polvilhado de sintetizadores e pelo meio vai testando as águas de outras áreas, e apesar dos seus créditos como produtor hábil não saírem comprometidos desta amálgama os resultados das colaborações são, no mínimo, desiguais, e na maioria das vezes pouco estimulantes.
O início até é sugestivo, já que o single “Give It To Me”, com Nelly Furtado e Justin Timberlake, contém o ritmo e a carga hipnótica que o produtor injectou em alguns temas dos dois cantores. “Way I Are”, com Keri Hilson e D.O.E., é outra prova de eficácia na produção que encoraja audições repetidas, só que infelizmente “Shock Value” esgota grande parte da criatividade nestes dois momentos iniciais e falha mais do que acerta nas investidas seguintes.
Há outras canções interessantes, como as descomprometidas “Boardmeeting”, com Magoo, e “Miscommunication”, ou a soturna e nebulosa “Kill Yourself”. Mesmo a “Scream” e “Bombay”, talvez as mais imediatas do álbum, conseguem ser agradáveis, mas o R&B de “Fantasy”, de tão açucarado, já cai na banalidade. Dr. Dre, Missy Elliot e Timberlake não impressionam especialmente no concentrado de tensão “Bounce”, e a dinâmica “Release”, também com o cantor de “Sexyback”, entra nos ouvidos com a mesma facilidade com que sai. O mesmo pode dizer-se da imberbe verborreia disparada por 50 Cent em “Come & Get Me”, com um discurso que não vai além da caricatura gangsta rap.
Se durante grande parte da sua duração “Shock Value” não convence muito nem desce abaixo de uma mediania aceitável, os temas finais arriscam-se a dar-lhe o golpe de misericórdia por não passarem de experiências embaraçosas. “Throw it on Me”, exercício rock com os Hives, é apenas inconsequente, já “One & Only”, interpretado pelos Fallout Boy, cai na mediocridade por não ir além de um genérico rock FM de tempero emo e “Apologize”, balada xaroposa com os One Republic (quem?), chega a sugerir que um clone de James Blunt caiu aqui repentinamente.
No meio de episódios destes, os She Wants Revenge quase passam por génios na curiosa “Time”, que também consegue ser mais interessante do que “2 Man Show”, com Elton John ao piano, ou “Come Around”, uma das faixas escondidas, dispensável colaboração com M.I.A..
De “Shock Value” ficam então três ou quatro bons temas, o que não é muito tendo em conta as capacidades do seu autor e de alguns dos convidados e a extensão do alinhamento. Até meio, obtém-se um party album compente e apelativo q.b., ainda que descoordenado, mas para que não se estrague a festa deixa-se o aviso de que é melhor não passar o disco na íntegra.
No meio de episódios destes, os She Wants Revenge quase passam por génios na curiosa “Time”, que também consegue ser mais interessante do que “2 Man Show”, com Elton John ao piano, ou “Come Around”, uma das faixas escondidas, dispensável colaboração com M.I.A..
De “Shock Value” ficam então três ou quatro bons temas, o que não é muito tendo em conta as capacidades do seu autor e de alguns dos convidados e a extensão do alinhamento. Até meio, obtém-se um party album compente e apelativo q.b., ainda que descoordenado, mas para que não se estrague a festa deixa-se o aviso de que é melhor não passar o disco na íntegra.
E O VEREDICTO É: 2/5 - RAZOÁVEL
Timbaland feat. Nelly Furtado & Justin Timberlake - "Give It To Me"
2 comentários:
She Wants Revenge génios? estás a gozar não estás? A primeira metade vai muito bem, com boas produções pop/r'n'b cativantes, o resto dispensa-se´.
"os She Wants Revenge quase passam por génios na curiosa “Time”", já que as canções circundantes são tão fracas que a deles, em comparação, só sai a ganhar. Tirando isso, é apenas aceitável.
Enviar um comentário