“Longing” (Sehnsucht), a primeira longa-metragem de Valeska Grisebach, tem sido um dos filmes mais elogiados do cinema independente alemão dos últimos tempos, mas ao vê-lo não se percebe muito bem o motivo da aclamação.
Seguindo o dia-a-dia de um jovem mecânico dos arredores de Berlim, a película é uma ficção, por vezes próxima do documentário (pelo modo realista como capta o quotidiano de pequenas localidades e dos seus habitantes) centrada num triângulo amoroso, constituído pelo protagonista, a sua namorada e uma mulher que este conhece numa das suas missões como bombeiro voluntário.
Seguindo o dia-a-dia de um jovem mecânico dos arredores de Berlim, a película é uma ficção, por vezes próxima do documentário (pelo modo realista como capta o quotidiano de pequenas localidades e dos seus habitantes) centrada num triângulo amoroso, constituído pelo protagonista, a sua namorada e uma mulher que este conhece numa das suas missões como bombeiro voluntário.
Supõe-se que Grisebach tenta fazer do filme um introspectivo e plácido ensaio sobre a infidelidade, a falta de comunicação e a carência emocional, mas não basta filmar as personagens a trocar abraços e juras de amor, de forma agridoce mas pelo menos não enjoativa, para que esse retrato das relações amorosas seja especialmente marcante.
Mesmo que ocasionalmente a realizadora gere um ou outro momento onde a cumplicidade dos casais é bem traduzida, essas fugazes cenas não compensam a quase nula tensão dramática que o filme apresenta.
Contemplativo e caracterizado por longos silêncios – os diálogos são curtos e escassos -, “Longing” talvez pudesse ter algum interesse enquanto curta ou média metragem, mas Grisebach não parece ter muito a dizer e torna injustificáveis (e bastante enfadonhos) os seus 90 minutos de duração.
Os actores não-profissionais não ajudam, pois embora os seus desempenhos não sejam desastrosos também não conseguem conceder complexidade às suas personagens, que se tornam banais e pouco estimulantes.
Mais inócuo do que propriamente indigesto, “Longing” vê-se com algum esforço mas em contrapartida esquece-se com facilidade.
Mesmo que ocasionalmente a realizadora gere um ou outro momento onde a cumplicidade dos casais é bem traduzida, essas fugazes cenas não compensam a quase nula tensão dramática que o filme apresenta.
Contemplativo e caracterizado por longos silêncios – os diálogos são curtos e escassos -, “Longing” talvez pudesse ter algum interesse enquanto curta ou média metragem, mas Grisebach não parece ter muito a dizer e torna injustificáveis (e bastante enfadonhos) os seus 90 minutos de duração.
Os actores não-profissionais não ajudam, pois embora os seus desempenhos não sejam desastrosos também não conseguem conceder complexidade às suas personagens, que se tornam banais e pouco estimulantes.
Mais inócuo do que propriamente indigesto, “Longing” vê-se com algum esforço mas em contrapartida esquece-se com facilidade.
E O VEREDICTO É: 1/5 - DISPENSÁVEL
4 comentários:
Cheguei a ponderar ir ver este...
Abraço
Mas acabaste por ser perspicaz lol
Algum germanófilo que me corrija se eu estiver errado, mas essa ideia da palavra 'saudade' ser uma singularidade portuguesa é uma treta. 'Sehnsucht' significa exactamente o mesmo em alemão.
Pois, na ficha do filme vi que um dos títulos era mesmo esse, "Saudade" :S
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