Vencedor dos prémios para Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Actor da semana dos realizadores do Fantasporto de 2004 e premiado também nos Festivais de Cinema Fantástico de Amsterdão e Bruxelas, "Carne Fresca, Procura-se" (De Grønne Slagtere / The Green Butchers) é a segunda longa-metragem do dinamarquês Anders Thomas Jensen e oferece uma macabra amálgama de comédia negra, drama e algum suspense.
No cerne da acção encontram-se as tentavivas de mudança de vida de dois amigos, que não suportam mais as humilhações a que o patrão os sujeita e decidem, então, abrir um talho, gerindo assim o seu próprio negócio.
No entanto, nem tudo corre da melhor forma, pois a dupla, embora se empenhe, não consegue atrair clientes, vendo reduzido o seu entusiasmo à medida que cenários pouco auspiciosos parecem cada vez mais inevitáveis.
A situação altera-se, contudo, quando um inesperado incidente lhes fornece um novo tipo de carne incomum mas alvo de grande adesão do público. O único problema é que a carne não é de nenhuma espécie de frango, mas humana...
Recorrendo a um humor ácido e sinistro, "Carne Fresca, Procura-se" é uma obra atípica e curiosa, contendo personagens bizarras e bem conseguidas atmosferas carregadas de estranheza e inquietação.
Por detrás das negríssimas cenas de comédia esconde-se uma reflexão sobre a inadaptação, os traumas de infância e a procura do sucesso a todo o custo, através das quais Anders Thomas Jensen submete os seus protagonistas a uma série de peripécias cruéis mas razovalemente divertidas.
Ainda que conte com um elenco competente, uma interessante energia visual e alguns momentos surpreendentes, "Carne Fresca, Procura-se" não consegue elevar-se acima da mediania, uma vez que o argumento apresenta desequilíbrios quando a premissa subversiva dá lugar a um rumo mais convencional e à busca de redenção dos protagonistas.
As personagens também não são especialmente conseguidas, pois apesar de bizarras nunca passam de caricaturas não muito apelativas.
O resultado é então um filme algo inconsequente que vale pela tentativa de marcar a diferença, mas cuja perversidade que o contamina poderia ter sido melhor explorada. Uma obra tragável, mesmo assim, mas infelizmente não tão apetitosa quanto se esperaria...
E O VEREDICTO É: 2/5 - RAZOÁVEL
3 comentários:
Curioso, conheço o título apenas por causa dos ads e da crítica na Revista Portuguesa Première (sou assinante), e de fato não soa nada apetitoso. Especialmente para os que não apreciam humor negro.
Sim, também acho que está longe de ser uma prioridade...
best regards, nice info
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