A estreia em palcos portugueses já era aguardada pelos que conheciam os seus discos a solo ou mesmo antes disso, com a banda 'Til Tuesday, embora muitos dos que a acolheram ontem no Coliseu de Lisboa provavelmente só a tenham descoberto com a banda-sonora do filme "Magnolia", de Paul Thomas Anderson, que a tornou mais mediática em 1999.
O acréscimo de popularidade não parece ter comprometido, contudo, o percurso criativo de Aimee Mann, cantora e compositora que demonstrou ao vivo a sobriedade, modéstia e consistência evidente nos álbuns.
O acréscimo de popularidade não parece ter comprometido, contudo, o percurso criativo de Aimee Mann, cantora e compositora que demonstrou ao vivo a sobriedade, modéstia e consistência evidente nos álbuns.
Acompanhada por outros músicos, que iam trocando de instrumentos - piano, baixo, guitarra, bateria e sintetizadores -, a autora de discos aplaudidos como "Bachelor No. 2" ou "Lost in Space" proporcionou uma interessante revisão de carreira, alternando temas óbvios com outros menos esperados e trazendo na bagagem algumas surpresas, como composições inéditas do seu novo trabalho a editar este ano. Foi o caso de "31 Today", que apesar de desconhecida pelo público não deixou de ser bem acolhida, como aliás o foram todos os temas do alinhamento.
Tendencialmente plácido e contemplativo, o concerto ancorou-se em canções onde as palavras contam, ou não fosse Mann uma contadora de histórias por excelência, e o Coliseu foi um cenário apropriado para que estas ganhassem ressonância perante um público que, apesar de vasto (a sala não esgotou, mas estava bem preenchida), permaneceu atento e dedicado, contribuindo para que se fosse edificando uma atmosfera intimista e acolhedora. A protagonista também fez por isso, convencendo pela brilhante e seguríssima forma vocal e pela postura afável, trocando algumas palavras com os fãs, muitas destas de agradecimento.
Tendencialmente plácido e contemplativo, o concerto ancorou-se em canções onde as palavras contam, ou não fosse Mann uma contadora de histórias por excelência, e o Coliseu foi um cenário apropriado para que estas ganhassem ressonância perante um público que, apesar de vasto (a sala não esgotou, mas estava bem preenchida), permaneceu atento e dedicado, contribuindo para que se fosse edificando uma atmosfera intimista e acolhedora. A protagonista também fez por isso, convencendo pela brilhante e seguríssima forma vocal e pela postura afável, trocando algumas palavras com os fãs, muitas destas de agradecimento.
Entre a folk, a indie pop e mesmo o alternative country, o espectáculo decorreu de forma sempre competente, ainda que por vezes se tenha aproximado da monotonia, dadas as fortes semelhanças de algumas canções e do tom agridoce que domina a maioria destas. Curiosamente, foi a partir de uma falha em "Momentum" (nunca tocado antes ao vivo), a meio do concerto, que o ambiente se tornou mais dinâmico e que o alinhamento abraçou domínios de maior eclectismo.
De qualquer forma, um espectáculo com temas como "You Do" ou "Save Me" interpretados de forma sentida dificilmente correria mal, e nos dois encores registaram-se os melhores momentos, tanto com a discreta e belíssima "Red Vines" ou a igualmente recomendável "Humpty Dumpty", como com a inevitável "Wise Up" (talvez a mais aguardada) e, por fim, "Deathly", que fechou em alta um concerto algo desigual mas que ainda assim se arriscou a deixar saudades.
Antes de Aimee Mann, o Coliseu recebeu os Sean Riley & The Slowriders, banda de Coimbra cujas canções entre a folk e o rock alternativo foram bem recebidas pela considerável faixa de espectadores já presente durante a sua actuação.
De qualquer forma, um espectáculo com temas como "You Do" ou "Save Me" interpretados de forma sentida dificilmente correria mal, e nos dois encores registaram-se os melhores momentos, tanto com a discreta e belíssima "Red Vines" ou a igualmente recomendável "Humpty Dumpty", como com a inevitável "Wise Up" (talvez a mais aguardada) e, por fim, "Deathly", que fechou em alta um concerto algo desigual mas que ainda assim se arriscou a deixar saudades.
Antes de Aimee Mann, o Coliseu recebeu os Sean Riley & The Slowriders, banda de Coimbra cujas canções entre a folk e o rock alternativo foram bem recebidas pela considerável faixa de espectadores já presente durante a sua actuação.
E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM
Aimee Mann - "Calling It Quits"
2 comentários:
Antes de mais espero que estejas bem. Há muito que não falamos nem nos vemos. Temos de combinar algo.
Vi uma crítica no Público que não foi nada simpática, relativamente a este concerto... Não posso comprovar porque não estive presente.
Olá, é verdade, já lá vai algum tempo, espero que esteja tudo bem por aí também...
Também li esse artigo, e embora ache que o concerto foi melhor do que o descrito aí até concordei em alguns aspectos.
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