Calma e pacífica, Wheely é aparentemente uma pequena cidade do interior norte-americano semelhante a tantas outras, onde pouco ou nada perturba um dia-a-dia mais ou menos rotineiro. Assim é até ao dia em que, sem pré-aviso, recebe visitantes muito peculiares, que desde logo começam a disseminar-se um pouco por todo o lado e a alterar significativamente a vida dos cidadãos, que não esperavam uma invasão massiva de viscosas criaturas provenientes de outro planeta.
Esta premissa simples terá já originado múltiplos filmes alicerçados no terror e suspense, por isso não será pela originalidade da proposta que "Slither - Os Invasores", estreia de James Gunn na realização, se destacará, mas se não inventa muito esta comédia macabra com temperos de série-B sabe como conciliar influências de modo a funcionar enquanto entretenimento delirante e imaginativo q.b..
Esta premissa simples terá já originado múltiplos filmes alicerçados no terror e suspense, por isso não será pela originalidade da proposta que "Slither - Os Invasores", estreia de James Gunn na realização, se destacará, mas se não inventa muito esta comédia macabra com temperos de série-B sabe como conciliar influências de modo a funcionar enquanto entretenimento delirante e imaginativo q.b..
Apostando mais num cerrado humor negro do que em sucessivas doses de sustos e cliffhangers - embora ainda contenha mais do que suficientes -, esta curiosa primeira obra não pretende fazer mais do que saciar quem ande com saudades de um filme de zombies bem confeccionado e sem receio de oferecer generosas quantidades de gore.
James Gunn, embora só agora se inicie na realização, não é propriamente um novato pois inclui no seu currículo a criação de argumentos para o remake de "O Renascer dos Mortos, de Jack Snyder, ou de alguns filmes da Troma, ainda que o filme mais assustador que tenha escrito seja, provavelmente, "Scooby Doo 2: Monstros à Solta", escolha algo atípica no seu percurso.
O realizador, que também assume aqui a função de argumentista, compensa o óbvio baixo orçamento desta produção com um atrevimento e desbragamento que já não se viam desde "Snakes on a Plane", mas neste caso o filme não é sufocado pelo hype e cumpre o que promete sem desapontar.
Quem também colabora no projecto é Nathan Fillion, que aqui mantém o carisma já evidenciado na série "Firefly" e no filme "Serenity" e compõe um protagonista apropriadamente intrépido, espirituoso e impaciente, arriscando tornar-se num digno sucessor de Kurt Russel ou Bruce Campbell.
Os outros nomes do elenco são ainda menos mediáticos e não primam por uma qualidade interpretativa digna de nota, mas quem não esperar de "Slither - Os Invasores" um festival de desempenhos excepcionais também não deverá sair desiludido desta despretensiosa hora e meia de bizarria auto-consciente e irresistivelmente repugnante, que pode inovar pouco mas consegue reciclar muito bem.
James Gunn, embora só agora se inicie na realização, não é propriamente um novato pois inclui no seu currículo a criação de argumentos para o remake de "O Renascer dos Mortos, de Jack Snyder, ou de alguns filmes da Troma, ainda que o filme mais assustador que tenha escrito seja, provavelmente, "Scooby Doo 2: Monstros à Solta", escolha algo atípica no seu percurso.
O realizador, que também assume aqui a função de argumentista, compensa o óbvio baixo orçamento desta produção com um atrevimento e desbragamento que já não se viam desde "Snakes on a Plane", mas neste caso o filme não é sufocado pelo hype e cumpre o que promete sem desapontar.
Quem também colabora no projecto é Nathan Fillion, que aqui mantém o carisma já evidenciado na série "Firefly" e no filme "Serenity" e compõe um protagonista apropriadamente intrépido, espirituoso e impaciente, arriscando tornar-se num digno sucessor de Kurt Russel ou Bruce Campbell.
Os outros nomes do elenco são ainda menos mediáticos e não primam por uma qualidade interpretativa digna de nota, mas quem não esperar de "Slither - Os Invasores" um festival de desempenhos excepcionais também não deverá sair desiludido desta despretensiosa hora e meia de bizarria auto-consciente e irresistivelmente repugnante, que pode inovar pouco mas consegue reciclar muito bem.
E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM
2 comentários:
como bem disseste, o que promete cumpre... mas é uma lufada de ar fresco dentro do terror... têm saído muitos cá para fora mas existem alguns que valem a pena ver...
Sim, quem gosta do género não deverá sair desapontado, tem tudo o que é preciso. Nada de novo, é certo, mas isso aqui nem é um entrave.
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