Depois de "A Promessa", "Rosetta" e "O Filho", Luc e Jean-Pierre Dardenne regressam com "A Criança" (L'Enfant), mais um drama urbano de recorte realista sobre personagens marginais à deriva.
Neste caso, os irmãos belgas centram-se no quotidiano de um jovem casal, particularmente no de Bruno, um pequeno delinquente que sobrevive à custa de roubos e engodos.
Embora o dia-a-dia do casal seja problemático, atravessado por dificuldades financeiras e falta de objectivos, a afinidade que o une parece ser suficiente para superar essas limitações.
Contudo, a relação é colocada em causa quando Bruno vende o seu filho, um recém-nascido, facto que deixa a sua companheira em estado de choque e o obriga a tentar reparar a situação.
Neste caso, os irmãos belgas centram-se no quotidiano de um jovem casal, particularmente no de Bruno, um pequeno delinquente que sobrevive à custa de roubos e engodos.
Embora o dia-a-dia do casal seja problemático, atravessado por dificuldades financeiras e falta de objectivos, a afinidade que o une parece ser suficiente para superar essas limitações.
Contudo, a relação é colocada em causa quando Bruno vende o seu filho, um recém-nascido, facto que deixa a sua companheira em estado de choque e o obriga a tentar reparar a situação.
Seco e duro, como já é habitual na obra dos Dardenne, "A Criança" propõe um olhar sobre o crescimento, a imaturidade e a paternidade, através de uma personagem para quem a moral está, pelo menos no início do filme, longe de ser uma preocupação.
Se é verdade que os realizadores são exímios na criação de uma atmosfera crua e verosímil, com a câmara colada aos actores e brilhantes interpretações por parte da dupla protagonista, falham ao apostar num argumento demasiado frio e de escassas surpresas, que vai deixando o espectador distante e indiferente.
Há algumas boas cenas, como aquelas em que o casal brinca de forma inocente, no início, ou as das peripécias de Bruno e do seu pequeno colega na moto já na recta final, porém durante grande parte da sua duração "A Criança" não oferece mais do que sequências competentes mas de reduzido impacto emocional.
Os desempenhos espontâneos e expressivos de Jérémie Renier e Déborah François mereciam uma narrativa menos insípida e monótona, mas pelo menos fazem com que o projecto, embora não aproveite as possibilidades das temáticas que foca, ainda seja um filme que se segue com algum interesse.
Se é verdade que os realizadores são exímios na criação de uma atmosfera crua e verosímil, com a câmara colada aos actores e brilhantes interpretações por parte da dupla protagonista, falham ao apostar num argumento demasiado frio e de escassas surpresas, que vai deixando o espectador distante e indiferente.
Há algumas boas cenas, como aquelas em que o casal brinca de forma inocente, no início, ou as das peripécias de Bruno e do seu pequeno colega na moto já na recta final, porém durante grande parte da sua duração "A Criança" não oferece mais do que sequências competentes mas de reduzido impacto emocional.
Os desempenhos espontâneos e expressivos de Jérémie Renier e Déborah François mereciam uma narrativa menos insípida e monótona, mas pelo menos fazem com que o projecto, embora não aproveite as possibilidades das temáticas que foca, ainda seja um filme que se segue com algum interesse.
E O VEREDICTO É: 2,5/5 - RAZOÁVEL
4 comentários:
o que digo é que faz má publicidade do cinema europeu.
Quem, eu ou o filme?
Em alguns momentos notei essa carga humana, mas no geral fiquei indiferente. Esperava melhor.
Gostei do filme. Frio e duro, sem dúvida. O enredo lembrou-me um jogo de video: o protagonista em constante deslocação e a mover objectos de um lado para o outro.
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