Depois de, em 2004, terem surpreendido tanto o público como a crítica através de um contagiante e energético álbum de estreia, os escoceses Franz Ferdinand regressam agora já com um segundo disco, oferecendo mais um conjunto de canções catchy e apelativas, caracterizadas por um rock portentoso e muito dançável.
À semelhança do seu antecessor, “You Could Have it So Much Better” é um concentrado de dinamismo e vibração, onde quase todos os temas possuem o apelo e imediatismo necessários para se tornarem em singles imbatíveis tanto em playlists radiofónicas como nas pistas de dança.
No entanto, apesar de ser um sólido party album onde o quarteto comprova a sua sensibilidade pop, este regresso perde na comparação com o disco de estreia, pois repete a fórmula que tornou “Franz Ferdinand” num registo tão refrescante e carismático, investindo quase sempre nos mesmos ambientes e sonoridades e não se desviando muito da amálgama new wave/ indie rock/ funk/ brit pop que marcou canções cristalinas como “Michael” ou “This Fire” (proporcionando assim mais do mesmo, como ocorreu nos segundos trabalhos dos The Strokes ou Interpol).
Mesmo não estando à altura do álbum anterior, “You Could Have it So Much Better” ainda é capaz de arrasar grande parte da concorrência, uma vez que contém alguns momentos irresistíveis como “Do You Want To”, um dos singles do ano, o não menos envolvente “What You Meant” ou o atmosférico “Outsiders”, um dos raros episódios apaziguados, embora conte ainda com um ritmo viciante.
A maioria dos restantes temas possui também melodias criativas q.b. e refrões pujantes e trauteáveis, sendo embaladas pela soberba voz de Alex Kapranos, mas não é especialmente memorável, aproximando-se mais de uma competente mediania onde os rasgos de génio são apenas pontuais.
“You Could Have it So Much Better”, não sendo brilhante, é bastante agradável e compensa a falta de novidade com uma boa disposição (não obstante ocasionais doses de melancolia) a que é difícil ficar indiferente, confirmando a consistência de uma banda que poderia ter feito, apesar de tudo, muito melhor. Esperemos que venha a fazê-lo.
E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM
16 comentários:
continua a ser um bom albúm e como disseste o único problema será o efeito novidade que já não se encontra neste segundo, houve uma preocupação de se afirmarem como banda, o que resultou bastante bem...
Sim, já se afirmaram, agora vamos ver se no próximo inovam um pouco mais.
Acho que são expectativas a mais. Eu, no lugar deles, não levava isso muito a sério. Afinal, não têm culpa por ter sucesso.
É verdade, mas acho que têm potencial para fazer um disco um pouco melhor. Ainda assim, este ouve-se bem...
Bom álbum, sem dúvida, embora longe do álbum de estreia. Não me parece haver nenhuma faixa melhor que alguma do primeiro álbum. Não gosto do single (que é que se há-de fazer) e preferia que tivessem feito Beatles o álbum todo.
Concordo, excepto na parte dos Beatles, já que acho que as canções mais lentas (excepto “Outsiders”) são as menos conseguidas.
eu não gosto do álbum... não sei, enfastia-me
Pensamento Franz Ferdinand: "É pá, se isto resultou da primeira vez, porquê mudar? Toca a reciclar!..."
Lilystrange: Não tem o efeito surpresa nem a energia do primeiro, mas ainda merece algumas audições.
kimikkal: Não deve andar muito longe disso, mas tendo em conta que demoraram tão pouco tempo a fazê-lo até nem se saíram mal.
Um dos disquinhos do ano!!Ah pois é..hehe
Um dos bons, não dos melhores ;)
Sim, ainda vale a pena, mas não vai para a lista de favoritos...
Vale a pena ouvir estes tipos :)!
By the way, estou de volta. Passa pelo meu blog.
Abraços =)
Já vi o teu post de regresso :)
Sim, mas já lá tenho também uma nova análise =).
Cumps.
Já a comentei :P
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