O realizador de "Heat - Cidade Sob Pressão", "O Informador" (The Insider) e "Ali", entre outros, regressa com um dos mais aguardados filmes da recta final de 2004, "Colateral" (Collateral). E o seu estilo pessoal de filmar volta a dar cartas, apresentando uma história envolvente ambientada nas atmosferas nocturnas de Los Angeles. No cerne da acção encontra-se um taxista (Jamie Foxx) e o seu cliente mais recente, um ameaçador e sinistro criminoso (Tom Cruise), que tem de efectuar uma série de homicídios durante uma agitada noite em L.A..
Um argumento interessante, actores dignos desse nome - Tom Cruise evita a sua imagem de marca de "menino bonito", surpreendendo como um assassino frio e calculista, e Jamie Foxx afasta-se dos papéis cómicos que marcaram muitos dos seus trabalhos - banda-sonora apropriada, fotografia apelativa e suspense e tensão q.b. encarregam-se de proporcionar um thriller acima da média. Destaque para o claustrofóbico ambiente denso e urbano soberbamente captado por Michael Mann (conseguido através da filmagem em digital, dando continuidade ao percurso singular do cineasta).
"Colateral" peca, no entanto, por ter um tempo de duração excessivamente longo e por nem sempre conseguir desenrolar-se com o ritmo que se esperaria, acumulando sub-enredos desnecessários (como a participação do agente policial interpretado por Mark Ruffalo, que pouco acrescenta ao filme). Ainda assim, está muitos furos acima dos blockbusters de acção "pronto-a-comer" provenientes de Hollywood e é uma das obras cinematográficas obrigatórias do último trimestre do ano.
E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM
2 comentários:
tb concordo contigo..esqueceste de referir foi que o jamie fox rouba as cenas quase todas ao cruise,achei a intrepretação dele brilhante.
Gostei da interpretação dele, mas o Cruise também esteve bem num papel atípico, não creio que o Foxx lhe tenha roubado as cenas...
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