Estreando-se na realização com "O Oposto de Sexo" (1998), uma comédia negra apenas curiosa, e apresentando uma banal segunda obra, "Bounce - Um Acaso com Sentido" (2000), drama com Ben Affleck e Gwyneth Paltrow, o norte-americano Don Roos consegue, na sua terceira longa-metragem, "Finais Felizes" (Happy Endings), o seu trabalho mais interessante até à data.
Caracterizado por alguns como um sucedâneo de "Magnolia" devido à sua estrutura narrativa em mosaico, que se debruça sobre as vidas entrecruzadas de diversas personagens, a película fica-se por aí nos paralelismos com essa obra de Paul Thomas Anderson (que, de resto, nem foi pioneira em filmes com esses moldes), uma vez que adopta um tom mais espirituoso e mordaz, complementando o drama com uma carregada dose de humor ácido.
Caracterizado por alguns como um sucedâneo de "Magnolia" devido à sua estrutura narrativa em mosaico, que se debruça sobre as vidas entrecruzadas de diversas personagens, a película fica-se por aí nos paralelismos com essa obra de Paul Thomas Anderson (que, de resto, nem foi pioneira em filmes com esses moldes), uma vez que adopta um tom mais espirituoso e mordaz, complementando o drama com uma carregada dose de humor ácido.
Centrado em três personagens, que por sua vez se cruzarão entre si e com muitas outras, "Finais Felizes" propõe um perspicaz e por vezes surpreendente olhar sobre as relações humanas, sejam estas amorosas ou familiares, onde a mentira, a manipulação e a traição coabitam com a cumplicidade, o perdão e a redenção.
Embora a maioria das personagens sejam interessantes, o excesso destas obriga a que nem todas sejam exploradas da forma que merecem, ainda que a duração do filme ultrapasse as duas horas (que nunca se tornam cansativas devido ao ritmo vitaminado e envolvente).
O notável elenco ajuda a que as experiências retratadas sejam ainda mais próximas do espectador, através das inquietações de Lisa Kudrow, da obstinação de Maggie Gyllenhaal, do cinismo de Steve Coogan, da rebeldia de Jesse Bradford ou da vulnerabilidade de Jason Ritter, cujos contrastes de personalidades despoletam sequências de uma subtil ambiguidade moral e emocional.
O imaginativo (mas nem sempre oportuno) recurso a legendas que ofecerem informação complementar à acção e a meritória banda-sonora, onde constam canções dos Calexico, Black Heart Procession ou da própria Maggie Gyllenhaal, contribuem também para um balanço bastante positivo, adicionando "Finais Felizes" à lista de filmes a ver neste Verão.
Embora a maioria das personagens sejam interessantes, o excesso destas obriga a que nem todas sejam exploradas da forma que merecem, ainda que a duração do filme ultrapasse as duas horas (que nunca se tornam cansativas devido ao ritmo vitaminado e envolvente).
O notável elenco ajuda a que as experiências retratadas sejam ainda mais próximas do espectador, através das inquietações de Lisa Kudrow, da obstinação de Maggie Gyllenhaal, do cinismo de Steve Coogan, da rebeldia de Jesse Bradford ou da vulnerabilidade de Jason Ritter, cujos contrastes de personalidades despoletam sequências de uma subtil ambiguidade moral e emocional.
O imaginativo (mas nem sempre oportuno) recurso a legendas que ofecerem informação complementar à acção e a meritória banda-sonora, onde constam canções dos Calexico, Black Heart Procession ou da própria Maggie Gyllenhaal, contribuem também para um balanço bastante positivo, adicionando "Finais Felizes" à lista de filmes a ver neste Verão.
E O VEREDICTO É: 3,5/5 - BOM
3 comentários:
Concordo, é dos melhores filmes em cartaz.
Vês? Eu já tinha avisado que era bom...
Também suspeitei que fosse, parece que neste caso estamos de acordo.
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