domingo, abril 24, 2005

INDIE LISBOA: DIA 2

Ao segundo dia, na passada sexta-feira, o IndieLisboa começou a apresentar obras das múltiplas secções, começando pelo primeiro conjunto de Curtas-Metragens, ao início da tarde, e terminando com um dos títulos em Competição, «4», da russa Ilya Khrzhanovsky. Contudo, os filmes que despertavam maior expectativa eram os de três nomes marcantes do cinema independente actual: Hal Hartley, Lukas Moodysson e Todd Solondz.

«The Girl From Monday», de Hartley, é mais uma atípica experiência do realizador de culto norte-americano, mesclando drama e ficção científica; «A Hole in My Heart», do sueco Moodysson, é um arriscado home-movie susceptível de gerar controvérsia (como já é habitual na obra do cineasta) e «Palindromes», de Solondz, volta a centrar-se nos subúrbios da América para apresentar um desencantado retrato da adolescência.

«Le Pont des Arts» (ver crítica no post abaixo) assinalou o regresso do francês Eugène Green, cujo filme anterior, «Le Monde Vivant», recebeu o Grande Prémio de Longa-Metragem da primeira edição do IndieLisboa. A nova película de Green foca dois jovens que, apesar de não se conhecerem pessoalmente, partilham as mesmas inquietações e dilemas, e o realizador esteve presente na sessão para uma pequena conversa com o público.

«Mundo Grua», de Pablo Trapero, e «Sábado», de Juan Villegas, constituíram os títulos em destaque da programação dedicada ao novo cinema argentino, enquanto que «Unknown Pleasures» e «In Public» foram as obras de Jia Zhangke exibidas, inaugurando a secção “Herói Independente”.

À semelhança do que sucedeu na inauguração, também este segundo dia do IndieLisboa obteve uma considerável adesão, congregando um público diversificado q.b., embora a faixa maioritária tenha sido a de jovens universitários e urbanos.

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