Remake do filme-catástrofe “A Aventura do Poseidon”, realizado por Ronald Naeme em 1972, “Poseidon” começa com o naufrágio de um navio de luxo em alto mar e segue depois as peripécias dos poucos sobreviventes, que terão de trabalhar em conjunto para saírem vivos do barco antes que este fique totalmente submerso.
Esta premissa simples e pouco ambiciosa orienta uma película que, longe de inovadora, consegue ser uma aceitável proposta de um género já pouco revisitado.
O realizador de serviço, Wolfgang Petersen, tem cimentado um percurso algo indistinto dentro do cinema de acção, contando com alguns sucessos comerciais como os banais “Na Linha do Fogo” (1993) e “Air Force One” (1997), ou o mais prestigiado “Das Boot” (1981). Não será “Poseidon” que lhe permitirá ultrapassar o estatuto de tarefeiro por vezes competente, mas pelo menos eleva-se acima de muitos blockbusters ultrajantes que costumam disseminar-se pelas salas com a chegada do Verão.
Esta premissa simples e pouco ambiciosa orienta uma película que, longe de inovadora, consegue ser uma aceitável proposta de um género já pouco revisitado.
O realizador de serviço, Wolfgang Petersen, tem cimentado um percurso algo indistinto dentro do cinema de acção, contando com alguns sucessos comerciais como os banais “Na Linha do Fogo” (1993) e “Air Force One” (1997), ou o mais prestigiado “Das Boot” (1981). Não será “Poseidon” que lhe permitirá ultrapassar o estatuto de tarefeiro por vezes competente, mas pelo menos eleva-se acima de muitos blockbusters ultrajantes que costumam disseminar-se pelas salas com a chegada do Verão.
É certo que o argumento é esquemático e previsível, que as personagens não possuem grande espessura e que não há aqui cenas de antologia que tornem o filme digno de nota, mas Petersen é capaz de gerar uma obra que, mesmo com estas óbvias limitações, é interessante de seguir.
Uma eficaz gestão do ritmo, com escassa palha narrativa, um trabalho de câmara que, não sendo muito inventivo, é feliz na implementação de uma atmosfera claustrofóbica e sufocante, e efeitos especiais pouco intrusivos mas com algum sentido de espectáculo concedem a “Poseidon” alguma solidez, que compensam a estrutura de videojogo do argumento (tão maquinal como os espaços em que a acção decorre) ou o desperdício de actores como Richard Dreyfuss ou Josh Lucas.
Não é muito, mas acaba por se mais do que se esperaria, oferecendo ocasionais boas sequências de suspense onde são testados os limites físicos e psicológicos das personagens (embora a abordagem destes seja superficial).
Um pequeno entretenimento a considerar, ainda que dentro do género Petersen apresente um objecto uns furos abaixo de “O Dia Depois de Amanhã”, do também alemão Roland Emmerich, que permanece ainda como o melhor filme-catástrofe dos últimos tempos.
Uma eficaz gestão do ritmo, com escassa palha narrativa, um trabalho de câmara que, não sendo muito inventivo, é feliz na implementação de uma atmosfera claustrofóbica e sufocante, e efeitos especiais pouco intrusivos mas com algum sentido de espectáculo concedem a “Poseidon” alguma solidez, que compensam a estrutura de videojogo do argumento (tão maquinal como os espaços em que a acção decorre) ou o desperdício de actores como Richard Dreyfuss ou Josh Lucas.
Não é muito, mas acaba por se mais do que se esperaria, oferecendo ocasionais boas sequências de suspense onde são testados os limites físicos e psicológicos das personagens (embora a abordagem destes seja superficial).
Um pequeno entretenimento a considerar, ainda que dentro do género Petersen apresente um objecto uns furos abaixo de “O Dia Depois de Amanhã”, do também alemão Roland Emmerich, que permanece ainda como o melhor filme-catástrofe dos últimos tempos.
E O VEREDICTO É: 2,5/5 - RAZOÁVEL
9 comentários:
teve alguma excitacao ate' o barco virar... depois foi tudo tao deja vu que ate' enjoava...
É um bocado dejá vu, sim, mas mesmo assim deu para entreter, o que já não é mau...
Vi este no "contenente" e... péssimo. Petersen não sabe trabalhar com resmas de dinheiro. "The Perfect Storm", "Troy", "Air Force One" e agora este são exemplos claros e demasiados. "Na Linha de Fogo", esse sim, é deveras interessante, nada a ver.
E Kurt, que aqui não é o herói de serviço, custa vê-lo numa produção tão desprovida de 1 mínimo de originalidade(até não faltava a parva personagem cómica), mas compreende-se, porque em Hollywood: "what a drag it is getting old"...
Vá lá, não é assim tão mau, até o achei mais interessante do que o chato "Na Linha de Fogo" (é bom porque tem o Clint, não? :P). Não dei o tempo por perdido, embora passasse bem sem o ver.
Bem, parece que só eu é que até simpatizei com o filme, já vi bem pior.
eu gostei da cena da ventilação, claustrofóbica ao máximo, "the descent" tem uma cena parecida tb ela asfixiante... mas em relação ao filme, é mais ou menos, vê-se, mas a roçar o descartável... vejam o "Brick", esse é muito mais interessante :)
Descartável, sim, mas ainda merece uma espreitadela, pelo menos para quem gosta do género, embora "The Descent" seja bem mais recomendável, claro. "Brick" ainda não vi.
O filme entretém, e vá lá que não tem 2h de duração..
Pois, se tivesse não sei se se safava.
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