Mais uma das recentes bandas nova-iorquinas a resgatar referências new wave/pós-punk, juntando-lhes pontuais traços indie rock e shoegazer, os The Cloud Room não são um portento de originalidade mas apresentam, no seu disco de estreia homónimo, um conjunto de canções que conseguem um interessante equilíbrio entre o passado e o presente.
Com uma voz situada algures entre a de David Bowie e David Byrne, lembrando ainda a de Alex Kapranos, o jovem quarteto prometeu logo desde o início através do single "Hey Now Now", tema catchy com tendência para se tornar num hino indie e agradável porta de entrada para o álbum. "Waterfall", a canção seguinte, é menos dançável mas igualmente cativante, onde se mantém o bom gosto para a criação de melodias envolventes que não escondem uma aprazível vertente pop.
Com uma voz situada algures entre a de David Bowie e David Byrne, lembrando ainda a de Alex Kapranos, o jovem quarteto prometeu logo desde o início através do single "Hey Now Now", tema catchy com tendência para se tornar num hino indie e agradável porta de entrada para o álbum. "Waterfall", a canção seguinte, é menos dançável mas igualmente cativante, onde se mantém o bom gosto para a criação de melodias envolventes que não escondem uma aprazível vertente pop.
Nas restantes faixas, "The Cloud Room" demonstra que o grupo nem sempre consegue manter este nível, pois embora não haja nenhum momento medíocre há demasiados que não se afastam muito da mediania.
A banda tem a seu favor o facto de expor alguma versatilidade nas atmosferas, que oscilam entre a placidez introspectiva de "Sunlight Song", onde os The Shins ou os Death Cab for Cutie ecoam nas entrelinhas, ou a carga frenética e efervescente de "Beautiful Mess", aproximando-se aqui dos Franz Ferdinand ou dos Kaiser Chiefs no seu melhor. "O My Love" vai de um extremo ao outro, partindo de ambientes serenos mas acabando por se tornar irriquieto.
Mesmo sendo relativamente eclécticos, os The Cloud Room ainda não conseguem edificar aqui uma personalidade vincada, provando que sabem escrever e interpretar boas canções mas ficando muitas vezes presos nas suas influências.
Contudo, enquanto registo de estreia o disco é uma surpresa apelativa, embora valha mais por algumas partes do que pelo todo e se torne menos entusiasmante na recta final (exceptuando a breve "Sunlight Reprise", tão discreta quanto encantatória).
É também daqueles que convida a audições repetidas devido à sua curta duração (pouco mais de meia-hora) e a experiência recomenda-se, pois no final o balanço é positivo, apesar de deixar a impressão de que há aqui potencial para mais.
A banda tem a seu favor o facto de expor alguma versatilidade nas atmosferas, que oscilam entre a placidez introspectiva de "Sunlight Song", onde os The Shins ou os Death Cab for Cutie ecoam nas entrelinhas, ou a carga frenética e efervescente de "Beautiful Mess", aproximando-se aqui dos Franz Ferdinand ou dos Kaiser Chiefs no seu melhor. "O My Love" vai de um extremo ao outro, partindo de ambientes serenos mas acabando por se tornar irriquieto.
Mesmo sendo relativamente eclécticos, os The Cloud Room ainda não conseguem edificar aqui uma personalidade vincada, provando que sabem escrever e interpretar boas canções mas ficando muitas vezes presos nas suas influências.
Contudo, enquanto registo de estreia o disco é uma surpresa apelativa, embora valha mais por algumas partes do que pelo todo e se torne menos entusiasmante na recta final (exceptuando a breve "Sunlight Reprise", tão discreta quanto encantatória).
É também daqueles que convida a audições repetidas devido à sua curta duração (pouco mais de meia-hora) e a experiência recomenda-se, pois no final o balanço é positivo, apesar de deixar a impressão de que há aqui potencial para mais.
E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM
2 comentários:
hummm tenho q investigar este....
membio: Ah pois tens :)
H.: Sim, não deve ser difícil gostares.
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