Com carreira na realização e escrita de argumentos, o espanhol José Luís Cuerda tem-se notabilizado mais pelo seu percurso como produtor, nomeadamente em alguns filmes do conterrâneo Alejandro Aménabar. "A Educação das Fadas" (La Educación de las Hadas) permite agora conhecer a sua faceta como realizador, sendo a sua primeira obra a estrear em salas nacionais.
Co-produção espanhola, francesa, argentina e portuguesa, relata a história de uma família com uma relação aparentemente saudável mas que começa a entrar em crise quando a esposa diz ao marido que quer separar-se. Este, enquanto tenta adaptar-se à novidade inesperada e revelá-la ao pequeno filho da mulher, com quem tem uma ligação forte, acaba por conhecer uma estudante universitária que também está a passar uma fase pouco auspiciosa e que terá um papel importante na forma como a criança lida com a separação da mãe e do companheiro.
Co-produção espanhola, francesa, argentina e portuguesa, relata a história de uma família com uma relação aparentemente saudável mas que começa a entrar em crise quando a esposa diz ao marido que quer separar-se. Este, enquanto tenta adaptar-se à novidade inesperada e revelá-la ao pequeno filho da mulher, com quem tem uma ligação forte, acaba por conhecer uma estudante universitária que também está a passar uma fase pouco auspiciosa e que terá um papel importante na forma como a criança lida com a separação da mãe e do companheiro.
De tom agridoce, "A Educação das Fadas" é um curioso olhar sobre a família onde o universo das fábulas é alvo de uma abordagem fora do habitual, surgindo interligado a um realismo que não recusa entrar em situações bem dramáticas (como casos de assédio sexual ou da inevitabilidade e proximidade da morte), devidamente compensadas por algumas linhas de diálogo com um humor contagiante.
Sem grandes pretensões além de contar uma história com eficácia, José Luís Cuerda suporta-se num trabalho de realização que, se não deslumbra, pelo menos revela segurança, embora seja pelo elenco que o filme mais convence, contando com actores credíveis como o argentino Ricardo Darín, a cantora espanhola Bebe ou o pequeno Víctor Valdivia, uma óptima revelação.
O argumento promete mais do que cumpre, já que o filme arranca com criatividade e energia mas não é imune a quebras de ritmo ao longo do seu desenvolvimento, contendo algumas sequências monótonas e acusando algum excesso de duração. Mesmo assim, esta é uma proposta capaz de assinalar um saudável compromisso entre um cinema comercial e de autor, sendo exemplo da competência da produção média espanhola que se dirige ao grande público sem prescindir de sensibilidade e inteligência na sua execução.
E O VEREDICTO É: 3/5 - BOM
4 comentários:
Sensível mas previsivel. Mesmo assim, a música final de Bebe compensa por completo o dinheiro gasto.
Poderia ser mesmo um pouco mais arriscado, mas ainda assim não é desagradável. E a banda-sonora ajuda, é verdade.
Não vejo a hora de assisti-lo. Dos mais recentes, é raríssimo um filme argentino que não seja bom.
O actor principal é argentino, o filme é uma co-produção espanhola, francesa, argentina e portuguesa. Mas vale a pena na mesma.
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