Um dia depois da estreia em Portugal, os Cansei de Ser Sexy voltaram a dominar o palco do Lux, em Lisboa, na noite de ontem. O cansaço gerado pela actuação da véspera - se é que houve algum - não se fez notar durante um concerto sempre dinâmico, onde a banda brasileira confirmou os elogios de quem a acusa de ser uma das mais excitantes revelações dos últimos anos.
Mal chegaram ao palco, os Cansei de Ser Sexy receberam logo um aplauso generalizado, ou não fossem muito esperados pelos espectadores que esgotaram o segundo de dois concertos que marcam a estreia do sexteto brasileiro em Portugal.
Começando de imediato a descarregar uma irresistível energia que contamina as suas canções, o grupo apresentou ao vivo o seu álbum de estreia homónimo e um dos mais aclamados de 2006, concentrado de pop infecciosa e imaginativa e resultado de uma brincadeira de amigos na internet que, com a preciosa ajuda desta (via blogues, fotologs, webzines e myspace), acabou por gerar um dos mais recentes fenómenos de culto para melómanos e não só.
Mal chegaram ao palco, os Cansei de Ser Sexy receberam logo um aplauso generalizado, ou não fossem muito esperados pelos espectadores que esgotaram o segundo de dois concertos que marcam a estreia do sexteto brasileiro em Portugal.
Começando de imediato a descarregar uma irresistível energia que contamina as suas canções, o grupo apresentou ao vivo o seu álbum de estreia homónimo e um dos mais aclamados de 2006, concentrado de pop infecciosa e imaginativa e resultado de uma brincadeira de amigos na internet que, com a preciosa ajuda desta (via blogues, fotologs, webzines e myspace), acabou por gerar um dos mais recentes fenómenos de culto para melómanos e não só.
A noite proporcionou uma sucessão de temas upbeat e que, apesar das letras nonsense - ou talvez por causa delas -, se mostram incrivelmente trauteáveis, como o atestou o público que acompanhou a banda e parecia saber os refrões de cor.
Uma vez que cada canção do disco tem potencial para se tornar num single, a adesão foi imediata e a diversão garantida desde os primeiros minutos. Do electro de "Alala", que ao vivo ganhou uma dimensão mais abrasiva, passando pelo igualmente marcante hino "Meeting Paris Hilton", pela descontração de "Alcohol" ou pela contagiante ode "Music is my Hot Sex", o ritmo manteve-se acelerado e enérgico ao longo de todo o concerto, onde a banda e o público quase disputaram quem conseguia dançar com mais intensidade.
A vencedora, arrisca-se, terá sido a vocalista Lovefoxxx, excelente entertainer que comprovou ao vivo todo o carisma que já emanava no disco. Incapaz de se manter quieta por mais de três segundos, foi sempre afável e comunicativa, mesmo quando se esqueceu do que tinha para dizer. A química com os espectadores foi evidente, para o qual terão contribuído os crowdsurfings regulares, as muitas perguntas a elementos da plateia ou o justo maiot escuro, de deixar a milhas o abanar de ancas de Shakira, a actuar à mesma hora no Pavilhão Atlântico.
Uma vez que cada canção do disco tem potencial para se tornar num single, a adesão foi imediata e a diversão garantida desde os primeiros minutos. Do electro de "Alala", que ao vivo ganhou uma dimensão mais abrasiva, passando pelo igualmente marcante hino "Meeting Paris Hilton", pela descontração de "Alcohol" ou pela contagiante ode "Music is my Hot Sex", o ritmo manteve-se acelerado e enérgico ao longo de todo o concerto, onde a banda e o público quase disputaram quem conseguia dançar com mais intensidade.
A vencedora, arrisca-se, terá sido a vocalista Lovefoxxx, excelente entertainer que comprovou ao vivo todo o carisma que já emanava no disco. Incapaz de se manter quieta por mais de três segundos, foi sempre afável e comunicativa, mesmo quando se esqueceu do que tinha para dizer. A química com os espectadores foi evidente, para o qual terão contribuído os crowdsurfings regulares, as muitas perguntas a elementos da plateia ou o justo maiot escuro, de deixar a milhas o abanar de ancas de Shakira, a actuar à mesma hora no Pavilhão Atlântico.
Vitaminada festa aglutinadora de rock alternativo, electro, funk, new wave e power pop, certamente não terá pecado por falta de eclectismo, reforçado pela inclusão de uma cover de "Pretend We're Dead", das L7, carregada de pulsão riot grrrl, ou por um tema do EP "Em Rotterdam Já é Uma Febre" (um dos três que o grupo editou), "I Wanna Be Your J-Lo", uma das canções da banda inspirada numa estrela do showbiz actual. A introdução desta última, dedicada aos portugueses Buraka Som Sistema, foi dos momentos mais hilariantes e desconcertantes da noite, onde Lovefoxxx testou as suas habilidades de MC e, embora o resultado não tenha sido irrepreensível, ninguém pareceu ter ficado imune ao desbragamento que gerou.
Apesar de muitíssimo competente e sem episódios fracos, o concerto ficou um pouco aquém dos pergaminhos da banda, não por ter sido desapontante mas pela brevidade - durou apenas uma hora - e pela ausência de algumas das melhores canções do colectivo, como "Patins", "CSS SUXXX", "Computer Heat" ou "Bezzi", algumas delas pedidas mas que ficarão, talvez, para um regresso - quem sabe no Festival Paredes de Coura, para o qual o grupo já está confirmado.
Antes de Lovefoxxx e companhia, estiveram em palco os norte-americanos Tilly and the Wall, cujo cruzamento de folk e indie pop se iniciou de forma pouco auspiciosa e, embora tenha melhorado ao longo da actuação, nunca se elevou acima de uma entrega simpática servida por canções mornas. Nada que os Cansei de Ser Sexy não tenham remediado minutos depois, compensando uma longa espera com um concerto que valeu a pena mas soube a pouco. Ficou no entanto o mote para revisitar ao disco - caso alguém precisasse - enquanto se aguarda o retorno do grupo a palcos nacionais.
Apesar de muitíssimo competente e sem episódios fracos, o concerto ficou um pouco aquém dos pergaminhos da banda, não por ter sido desapontante mas pela brevidade - durou apenas uma hora - e pela ausência de algumas das melhores canções do colectivo, como "Patins", "CSS SUXXX", "Computer Heat" ou "Bezzi", algumas delas pedidas mas que ficarão, talvez, para um regresso - quem sabe no Festival Paredes de Coura, para o qual o grupo já está confirmado.
Antes de Lovefoxxx e companhia, estiveram em palco os norte-americanos Tilly and the Wall, cujo cruzamento de folk e indie pop se iniciou de forma pouco auspiciosa e, embora tenha melhorado ao longo da actuação, nunca se elevou acima de uma entrega simpática servida por canções mornas. Nada que os Cansei de Ser Sexy não tenham remediado minutos depois, compensando uma longa espera com um concerto que valeu a pena mas soube a pouco. Ficou no entanto o mote para revisitar ao disco - caso alguém precisasse - enquanto se aguarda o retorno do grupo a palcos nacionais.
E O VEREDICTO É: 3,5/5 - BOM
CSS - "Fuckoff is Not the Only Thing You Have to Show" (ao vivo na noite anterior, via burninghearts)
Obrigado pelo bilhete :)
12 comentários:
só de ver, cansa (...)
Não acho, poderia era ter ficado cansado de dançar, mas uma hora não chegou para isso.
Muita espera, mas cumpriram, acho. Faltou o "Superafim" e um pouco mais de espaço para respirar ;)
O "Superafim" nem foi dos que senti mais falta, mas no geral cumpriram sem problemas, sim.
Paredes de Coura, here i go!...
Já tens um bom motivo :)
Pelo menos gastamos calorias no show.
LOL Lovefoxxx?!
Calorias acho que toda a gente gastou, mas preferia ter gasto mais :)
sim..já o 1º apesar de muito bonzinho tinha deixado água na boca..para dançar ;)
Parece que o ideal seria juntar os dois no mesmo dia :)
Ouvi dizer que os primeiros 15 minutos foram muito bons e que a partir daí seguiu-se o deboche... tendo o mérito sido todo da vocalista Lovefoxxx.
Really?
Os primeiros 15 minutos? Ah, eu gostei de tudo! :P
Mas sim, a Lovefoxxx é qualquer coisa, valeu pela banda toda (não desfazendo).
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