"Prefiro o calor", revelou o vocalista Stuart Murdoch, numa das muitas declarações que fez ao público, a propósito da comparação do clima de Portugal com o da Suécia, um dos países onde actuaram recentemente.
E o calor foi mesmo um dos elementos nucleares do concerto de ontem dos Belle and Sebastian no Coliseu de Lisboa, não só pelas altas temperaturas que se faziam sentir mas sobretudo devido ao calor humano que emanou de um contacto recíproco e constante entre a banda e o público.
É difícil avaliar quem foi mais dedicado, se os elementos do grupo, com uma boa-disposição e simpatia contagiantes, ou os espectadores, grande parte deles frenéticos e claramente arrebatados canção após canção.
E o calor foi mesmo um dos elementos nucleares do concerto de ontem dos Belle and Sebastian no Coliseu de Lisboa, não só pelas altas temperaturas que se faziam sentir mas sobretudo devido ao calor humano que emanou de um contacto recíproco e constante entre a banda e o público.
É difícil avaliar quem foi mais dedicado, se os elementos do grupo, com uma boa-disposição e simpatia contagiantes, ou os espectadores, grande parte deles frenéticos e claramente arrebatados canção após canção.
Actuando perante um auditório longe de esgotado, mas bem preenchido, o colectivo escocês veio apresentar ao vivo o seu mais recente disco, "The Life Pursuit", editado este ano, mas o alinhamento do espectáculo não esqueceu marcos de registos anteriores, desde álbuns a EPs, como "The Boy With The Arab Strap" ou "If You're Feeling Sinister".
A sua indie pop primaveril e agridoce, com letras simultaneamente irónicas e melancólicas, obteve reacção imediata de um público que foi embalado pela carga upbeat das melodias logo desde os primeiros minutos.
A própria postura da banda ajudou à consolidação de um ambiente festivo, uma vez que todos os músicos evidenciaram entusiasmo e entrega, em particular o vocalista, imparável durante toda a noite. Um dos momentos altos foi, de resto, quando Murdoch convidou uma espectadora para dançar com ele no palco, comprovando que, para além de ser convincente como cantor, também ganha pontos como entertainer.
A sua indie pop primaveril e agridoce, com letras simultaneamente irónicas e melancólicas, obteve reacção imediata de um público que foi embalado pela carga upbeat das melodias logo desde os primeiros minutos.
A própria postura da banda ajudou à consolidação de um ambiente festivo, uma vez que todos os músicos evidenciaram entusiasmo e entrega, em particular o vocalista, imparável durante toda a noite. Um dos momentos altos foi, de resto, quando Murdoch convidou uma espectadora para dançar com ele no palco, comprovando que, para além de ser convincente como cantor, também ganha pontos como entertainer.
Animando os muitos fãs ao longo de duas horas, os Belle and Sebastian levaram a uma rendição quase incondicional. Contudo, para quem não é especial admirador do grupo a receita desta pop vibrante - regada com palminhas recorrentes e insistindo frequentemente na temática boy meets girl - pode revelar-se cansativa, até porque o cardápio sonoro não é especialmente versátil, apesar da diversidade de instrumentos (entre guitarras, trompetes, xilofones ou pianos).
Em registo diametralmente oposto actuaram os portugueses Pop Dell'Arte, que tiveram a seu cargo o aquecimento da noite. A banda de João Peste proporcionou um concerto competente, ainda que com uma atitude bem mais discreta e contida do que a dos Belle and Sebastian, limitando-se a apresentar canções como "Querelle" ou "Ilogic Plastik" sem encetar grandes contactos com o público. A que resultou melhor terá sido "O Amor É… Um Gajo Estranho", cujo estranho magnetismo gerou o momento mais denso e intrigante.
Em registo diametralmente oposto actuaram os portugueses Pop Dell'Arte, que tiveram a seu cargo o aquecimento da noite. A banda de João Peste proporcionou um concerto competente, ainda que com uma atitude bem mais discreta e contida do que a dos Belle and Sebastian, limitando-se a apresentar canções como "Querelle" ou "Ilogic Plastik" sem encetar grandes contactos com o público. A que resultou melhor terá sido "O Amor É… Um Gajo Estranho", cujo estranho magnetismo gerou o momento mais denso e intrigante.
E O VEREDICTO É: 2,5/5 - RAZOÁVEL
Belle and Sebastian - "Step Into My Office"
8 comentários:
Eu daria um 3.
Vá nao sejas mauzinho.
Eles estiveram bem, mas muitas das suas canções canções passam-me ao lado. E pensei que tivesses gostado mais...
Razoável?? Nem eu quando dava aulas era assim tão forreta a dar notas... e olha que era e sou muito exigente :|
4/5 para os B&S
3,5/5 para os Pd'A
BUM!
Hugzz correctos
Kraak/Peixinho: Forreta?? Tu é que és um mãos largas! Espero dar mais do que isto ao teu set de 6ª à noite :P
H.: Também devo ir vê-los :)
Sim, gostei bastante. O 3 está bem.
Um rufus levava um 4... Uma madonna um 5.... Umas urgências um 0.... :P
"insistindo frequentemente na temática boy meets girl" acho que isto mostra que ainda não conheces lá muito bem a obra dos belle & sebastian, se não, não dizias isto. Mas se não gostas, paciência, são gostos, mas tenho pena, porque eu gosto muito muito deles...
André: Também gosto mais de Rufus e Madonna (esta nunca vi ao vivo, mas calculo o impacto). 0 às "Urgências"?? Então?
Spaceboy: Não conheço muito bem, não, ouvi alguns discos uns dias antes do concerto e sim, acho que as letras insistem frequentemente (logo, não sempre) na temática boy meets girl.
Volto a insistir que a temática das canções dos B&S não é frequentemente a da boy meets girl, não resumas uma temática de meia-duzia de canções a uma carreira com 7 álbuns e vários eps...
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